Editoria: Vininha F. Carvalho 24/03/2006
Com dezenas de cachoeiras, lagos e pequenas praias naturais, em meio a um cenário exuberante, encontramos o Parque Estadual do Ibitipoca, mais precisamente nas cidades de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, a 60 Km de Juiz de Fora. Os amantes do ecoturismo costumam passar os dia inteiro nele, transformado em área de preservação ambiental em 1973.
O local é repleto de cachoeiras, corredeiras, grutas e trilhas, a 1800m de altitude. Seu solo é muito frágil, arenoso e brilhante, devido à sua formação geológica que concentra a segunda maior quantidade de quartzito do mundo, 87%, perdendo apenas para a Venezuela. Esse tipo de rocha seria responsável pelas grutas da reserva, cavadas ao longo dos anos pelas águas dos lençóis freáticos da região.
A Serra de Ibitipoca, situada no Sudeste de Minas Gerais, é uma ramificação da Serra da Mantiqueira, imponente maciço do Planalto. Sua flora vem sendo estudada por botânicos de Universidades do Brasil e de outros países, devido à diversidade de espécies, entre orquídeas, bromélias, liquens e famílias raras do universo vegetal. Encontramos plantas raras, como a planta clitória, (imaginem a razão do nome), bio-indicadores de ar puro, como liquens e bio-indicadores de movimentação humana, como a cânfora, que é uma planta invasora, trazida na sola dos pés e nas barras das calças dos turistas, além de espécies ameaçadas de extinção, que lá buscam refúgio, como o lobo-guará, o mono-carvoeiro.
Com uma boa estrutura, o Parque Estadual conta com área de camping, centro de informações, lanchonete e vestiários, além do distrito contar com diversas pousadas, restaurantes e serviço de guias. Dentro do parque, o visitante pode optar por trilhas, feitas a pé ou de carro, desfrutar de belas paisagens e tomar deliciosos banhos nas águas cor de guaraná.
O DISTRITO DE CONCEIÇÃO DO IBITIPOCA
A Vila de Conceição do Ibitipoca é um lugarejo com pouco mais de 200 casas, duas igrejas distribuídas em ruas irregulares, hotéis e pousadas, onde o turista se sente em casa, lojinhas de tear e artesanato, restaurantes com o melhor da saborosa cozinha mineira, campings, um povo simples e colhedor.
Durante a noite, a vila proporciona uma harmonia dos moradores locais, com turistas de todos os cantos do Brasil, que se espalham pelos bares, lanchonetes e restaurantes. O forró, o blues, a mpb e o reggae são comuns em cada canto da vila, assim como a tradicional prosa mineira, regada a deliciosas pingas retirada dos alambiques da serra.
